quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O Pesadelo do Livro



          Se o título fosse “O Livro do Pesadelo”, alguns poderiam achar ser esta uma obra de Stephen King (ou um mero plágio talvez), mas o que segue aqui é simplesmente o relato de quantos pesadelos um livro pode ter.


        E, verdade seja dita, até que nasceu bonitinho o tal do livro... Tinha cara de céu e trazia a reboque um jeito sério, meio questionador.


        Foi bajulado, acolhido e muito bem recebido pelos grandes amigos, parentes e familiares. Nem todos o conheceram ainda, mas a vida segue em frente...


        De cara pensou que mereceria estar associado à nobreza e buscou logo um Nobel, mas então lhe disseram: “Menos, menos... Baixe a sua bolinha...”.


        Não se contentou com a recusa e soltou sua voz. Usou então várias Vozes para poder aparecer e através delas vem se espalhando pelo Brasil afora...


Juntou-se então a outros livros e se tornou um Livro Solto (*)... Livre para voar, passando pelos olhares atentos de diversas pessoas e se fazendo conhecer.


         Achou então que a vida era um sonho e pensou: “Agora sim” e quis dar um salto maior. Tentou se engajar de vez no mundo das manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais... Aquilo que se chama Cultura... Mas a duras penas descobriu que ali talvez não fosse seu lugar. A receptividade inicial deu lugar a uma indiferença que abalou a confiança e quase o afogou em um mar de dúvidas. Talvez o que importasse mesmo por ali fossem fama e resultados comerciais. “Business is business”, meu caro livro. Benvindo à realidade dura e cruel...


         Achando-se então não ser merecedor de se juntar ao que chamam de cultura, a existência daquele livro se tornou por um tempo um verdadeiro pesadelo... “Será que não sou mesmo digno de estar ali?”, era o pensamento que o corroía.


         Mas eis que após a tempestade veio a bonança... E após uma Saraivada de pesadelos e dúvidas, algo de surpreendente lhe aconteceu. Conseguiu o berço esplêndido que buscava...


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          E em um olhar mais atento, é possível ver que não apenas o berço era esplêndido, mas principalmente as companhias, o ambiente e toda a luz ao redor.


          A seu lado estava o imortal Millôr Fernandes. Que honra afinal...

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(*) conheça um pouco mais sobre o Projeto Livro Solto de incentivo à leitura da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase)






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10 comentários:

  1. Ao lado do livro ´A hora da estrela´, da genial Clarice Lispector. Ela deve ter lido o seu de onde está. Aliás, estamos juntos por aqui.

    Brian Jones.

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    1. Grande Brian,

      Pois é, SIMPLES MENTE URBANA estava muito “bem parado” naquele momento. Que continue assim... Amém...

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  2. Esse é o cara, que faz e vai conferir no que deu o que fez...
    Parabéns grande amigo e escritor Herbert!!
    Sucesso sempre!
    abraços
    José Benício

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    1. Meu amigo Benício,
      Você sabe bem como é complicado. Alguma coisa tinha de dar certo... rsrsrs

      Abraços, Herbert

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  3. Super criativo !
    Parabéns.
    Karla

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    1. Oi Karla,
      Benvinda ao blog e obrigado pelo comentário...


      Herbert

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  4. Heeey! Parabens ! parabens pelo livro e pelos vizinhos de prateleira! Terminei de ler e foi uma otima distracao! escrito de forma leve e suave! Um abraco Herbert!

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    1. Oi Catarina,
      Bom saber que gostou. Apareça sempre por aqui...

      Herbert

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  5. Luta, persevera e vence ! abs

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