À
medida que vamos vivendo a vida, precisamos tomar alguns cuidados, dentre eles
o de não deixar nossa paciência passar a ser do tamanho de um alfinete.
Coisas
pequenas começam a incomodar e vão desde visões de suprema ociosidade alheia
até música ruim nos ouvidos. Aliás, não apenas música ruim, mas até mesmo
música boa mal executada. Lembro-me então que mais uma novela acabou... Que o
nobre botafoguense Vinícius de Moraes possa descansar em paz... Amém...
Mas em
minha saga por buscar locais para comercializar meu livro SIMPLES MENTE URBANA,
eis que chego a uma grande loja de departamentos e vejo que ali são vendidos
livros. Interessante, pensei... Aliás, fizeram um ambiente multicultural com
livros, CDs e DVDs...
A ideia
seria boa, não fosse pelo fato de termos de nos sujeitar ao gosto musical das
moças da loja. Não que eu ache que todas as moças que trabalham em lojas
tenham mau gosto musical, mas a danada que escolheu aquela música tinha. E me lembrei de meu amigo Fernando
que diz: "O gosto musical é inversamente proporcional ao volume em que a
música é ouvida". E não é que quase sempre este pensamento é verdadeiro?
Quanto
a comercializar o livro por lá, nem pensar... Se eu fosse àquele local comprar um livro o faria com raiva de estar ali. Aliás, livros são para ser
degustados em um ambiente cercado de paz e serenidade.
Eu tinha
de comprar um CD e um DVD para dar de presente e o fiz o mais rápido possível. Fui pagar minhas compras e somente
um caixa estava funcionando naquele horário de pouco movimento na loja. E não é que a moça que trabalhava nele estava lá
toda empolgada cantando a música que tocava? Deve ser culpa dela aquilo que era uma tortura em dobro para mim e um gerador de emoções aos montes para ela... Sabe-se lá que
lembranças a música lhe trazia, talvez se sentisse sensual ali cantarolando sem
parar. Mera ilusão...
...