Se você dormiu
dirigindo um carro automático por ruas e estradas modernas e sem buracos... Se
você enquanto dormia dividiu seu espaço no trânsito com motoristas gentis, que
sabem respeitar o direito alheio ao invés de fazer dele uma verdadeira batalha
campal... Com certeza você sonhou que
estava no Primeiro Mundo...
Se ao acordar se viu dirigindo
seu carro em meio a uma sensação de guerra e de luta sem fim por um mísero espaço,
que ao menos mantenha seu carro inteiro, você então parou, pensou e sorriu: “Estou
em uma cidade do Brasil”. Poderia ser: “Pare, pense e sorria, você está na
Bahia...” ou “Paro, penso e sorrio, estou no Rio”, e por aí vai, pois nas
médias e grandes metrópoles brasileiras dirigir é uma aventura diária.
Mesmo assim acabamos
sorrindo, pois ao contrário viveremos estressados e com uma eterna e amarga
sensação de derrota.
Abro agora o jornal e vejo
que no Brasil, pasme:
Molhar pedestres - Usar o veículo para jogar água
nos pedestres é infração média, com multa de R$ 85,13. O motorista ainda perde
quatro pontos na carteira.
Deixar de sinalizar - Deixar de indicar com
antecedência, com gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do
veículo, quando for parar, mudar de direção ou de faixa é considerado infração grave. A multa é de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na carteira de
habilitação.
Jogar objetos pela
janela - Atirar objetos, substâncias e lixo do veículo ou
abandonar na via é infração média. A multa é de R$ 85,13, com perda de quatro pontos na habilitação.
Bolas... Se
ao menos os ítens acima fossem cumpridos... Seria demais pedir ainda teste de daltonismo,
principalmente para motoristas de ônibus, pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho?
Como muito bem escreveu
meu primo Paulo César Moura ao ler o (meu) livro Simples Mente Urbana: “Querer demais da vida é desejar mais, é nunca se acostumar com a
mediocridade, é exigir mais de nós mesmos e de todos que nos cercam”.
Primo, você tem toda razão.
Bem sabemos que o trânsito
caótico é um simples reflexo da sociedade que nos rodeia, mas, mesmo que aos
trancos e barrancos, vamos que vamos, sempre em frente e querendo sempre
mais...
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