Minha filha está crescendo... E não somente em tamanho ou idade.
Há anos mora em uma “grande cidade
grande” brasileira. Cidade grande em população, em problemas, em dificuldades
de locomoção, em desafios à população, em sujeira nas ruas... Grande cidade em História,
na diversidade cultural, nas atrações de lazer, no clima maravilhoso, nas
oportunidades que oferece...
Eis que minha garotinha saiu então de
uma escola pequena, onde era amada e idolatrada, para outra bem maior, onde ela
ainda é um pequeno peixe fora d’água.
Dá para ver a curiosidade em seus
olhinhos inocentes que percorrem cada rosto, cada sala de aula, cada nova
descoberta, cada mistério que se revela...
Experimenta sensações diferentes, que
vão desde a saudade de amigos da antiga escola até me contar alegremente que no
recreio jogando futebol com os meninos quase marcou seu primeiro gol. “O que
aconteceu?”, perguntei. “Fui chutar, mas aí eu errei a bola e caí sentada...”,
respondeu. Normal... Coisas que acontecem até no Maracanã ou na Fonte Nova...
Fui então levá-la ao colégio e ela
disse: “Pai, não precisa me levar até a sala de aula...”
Está crescendo mesmo. Considerando-se
independente para fazer coisas que, até outro dia mesmo, não eram tão simples.
Querendo se tornar integrada de uma vez por todas àquela “nova cidade” de
rostinhos infantis que habitam a escola.
Brinquei com ela: “Mas e se você se
perder dentro da escola? Esquecer seu nome, sua turma, o nome da sua
professora, o nome da sua mãe, do seu pai...”
Rimos e eu consegui negociar algo a meu
favor: “Tá bem, pelo menos vou até a cantina”, que fica bem na entrada da
escola...
Na cantina a deixei e de lá ela foi.
Olhou para trás e deu um tímido adeus. Seguiu com seus cabelos compridos, seu
uniforme novinho e com sua mochila de rodinhas escada abaixo, até passar por
várias outras crianças. Passou por elas sem se desviar de seu caminho. Atravessou
o campo de esportes, subiu mais uma escadinha e eu ainda consegui vê-la subindo
mais um vão de escadas. Sumiu, mas não sem antes espalhar pelo ar a inocência
que carregamos quando a vida é um grande oceano de mistério e fantasia.
As
sensações passaram então a ser todas minhas: de orgulho de vê-la crescendo, de acreditar
estar fazendo o melhor possível e de me sentir revigorado para seguir em frente
pelos tortuosos caminhos do dia após dia.
...
É meu amigo, me fez recordar dessas sensações, que no meu caso foram duas, elas crescem mesmo... Nossas eternas princesas, as nossas filhas.
ResponderExcluirParabéns pela sensibilidade de sempre em teus textos. Abraços José Benício
Parabéns! E aproveite cada segundinho. De todo modo não vai ter jeito. Vai sempre ficar a sensação de que podíamos ter curtido mais ainda. É a vida que segue. Verdadeiro oceano de mistérios. Ótimo dia, meu amigo! Grande abraço, Rubens, Keith, Mick, Brian, Charlie e Mick Taylor.
ResponderExcluirCaro amigo e poeta Benício, são sensações que realmente valem a pena viver. Todo o resto perde a importância... Abraços, Herbert
ResponderExcluirAo eterno amigo Rolling Stones, vamos seguindo em frente priorizando o que realmente importa. Abraços, H
ResponderExcluirMomentos assim não tem preço... É um misto de dor por estarem "cortando o cordão umbilical" e orgulho por estarem se tornando independentes e maduros. Somente quem se dispõe a crescer, e cortar os cordões, junto com os filhos consegue viver e perceber estes momentos mágicos. Grande beijo.
ResponderExcluir“Amiga Margareth, concordo plenamente com você. São os momentos que realmente importam na vida. Beijos, Herbert”
ResponderExcluirLinda essa sua mensagem e experiência, aproveite todos esses momentos por que realmente as crianças crescem com tamanha rapidez que quando percebemos deixamos de aproveitar sua companhia e desfrutar da inocência que lhes é peculiar.
ResponderExcluirGrande Mauro,
ResponderExcluirBela mensagem a sua... Temos de aproveitar mesmo, pois a vida nos ensina que o que realmente importa são momentos assim.
Grande abraço, Herbert
E isto eh so o inicio, os olhinhos vao continuar brilhando para sempre, a cada volta que o relogio da. Nos mesmos servimos de exemplo, como dizia o Grande Otelo: eu sou uma crianca! Ou ainda, os homens sao sempre criancas, o que muda sao os brinquedos. abs
ResponderExcluirCaro amigo Dilson,
ResponderExcluirVamos em frente, mas como você disse, sem nunca perder o brilho no olhar.
Abraços, Herbert
Caro Herb,
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Abraços a vcs todos aí. Amelie já uma moça. maurício
Grande Maurício, Tá sumido... Que bom que gostou. Apareça para ver como sua sobrinha cresceu. Abraços, Herbert
ExcluirHerbert você me comoveu... Parabéns pelo texto. Um grande abraço.
ResponderExcluirPoxa meu amigo Beto,
ExcluirAssim você é quem me deixa comovido... Obrigado.
Mas são momentos como o descrito no texto que dão o real sentido à vida.
Abraços, Herbert
Exatamente. Tenho três filhos e cada um deles é um mundo.
ResponderExcluirTão parecidos e, ao mesmo tempo, tão diferentes.
São eles o sentido de minha vida.
Um grande abraço.
Linda crônica Herbert! É duro ver os filhos crescendo, mas ao mesmo tempo prazeroso. O pior é que passa muito rápido... bj
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ExcluirOi Tela,
Acho bem legal ver a vida seguindo em frente... Vamos que vamos...
Bjs, Herbert
que mimo... linda crônica!
ResponderExcluirSão sensações que não têm preço... Obrigado pelo comentário...
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