quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Padrão FIFA (de preços) chegou para ficar...
No aeroporto de Salvador/BA a tarifa de estacionamento já chegou a R$ 9,50 (nove reais e cinquenta centavos) a hora.
Vale lembrar que, infelizmente, os serviços prestados, a infraestrutura do espaço e o atendimento ainda não estão atingiram o Padrão FIFA.
Imagina na Copa...
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Vai uma sauninha para relaxar?
Sauna para relaxar... Por que não? Se bem que em alguns lugares do
Brasil sauna não seja algo visto com “bons olhos”. Aqui mesmo onde moro quando
disse que gostava de sauna alguns começaram a me olhar de maneira atravessada e
desconfiada... Sabe-se lá que tipo de sauna eles imaginam que seja.
Mas para mim é algo que serve para
relaxar, limpar os poros e ajudar a rejuvenescer a pele.
Sendo assim, vamos lá... Pedalei por 15
km de bike à beira mar, rumo a um clube que não vou dizer o nome.
Chegando lá um aviso dizia: “9:40h às
11h – Sauna Feminina / 12h às 16h – Sauna Masculina”. Como eram 10:40h, tive de esperar passeando
pelo clube, o que não seria problema se a moça que toma conta da sauna não
tivesse retornado do almoço somente às 12:30h.
Já sabia que teria de pagar cinco
reais. A moça da sauna então me disse: “Vou fazer um recibo para o senhor pagar
na Tesouraria, que fica logo aqui atrás.” Na verdade, o “logo aqui atrás” queria
dizer o seguinte... No sol escaldante de 12:30h subi uns 20 degraus de escada
ao ar livre, atravessei uma rua dentro do clube e entrei em uma sala
refrigerada (ufa) com uma outra moça no balcão. Mostrei a ela o recibo e a nota
de R$ 5,00 e ela disse: “A Tesouraria é aqui em cima”, apontando para mais uma
escada. Ou seja, o que pudesse ser mais difícil seria...
Paguei a taxa, desci a primeira escada,
passei pela sala refrigerada, atravessei a rua sob o sol escaldante, desci mais
um lance de escadas e eis-me ali novamente em frente à moça da sauna com o
recibo pago.
Ela me disse que tinha toalha (que
luxo, pensei) e armário. Aliás, eu só iria mesmo fazer sauna ali se tivesse
armário para guardar minhas coisas, pois infelizmente não dá para confiar em
deixar nossas coisas ao léu... Prevenido como sou, trouxe até um cadeado, pois
vai que tem armário e a moça me diz: “Tá aí o armário, basta trazer seu cadeado
para fechá-lo”. Mas nem precisou, pois na porta do armário havia uma fechadura
e eu precisava “apenas” conservar a pequena chave em meu poder.
Perguntei olhando ao redor: “Tem
vestiário para eu trocar de roupa?” E ela disse singelamente: “Não tem, mas
pode trocar de roupa no chuveiro que não tem problema.” Aliás, nem mesmo um
mísero banheiro tinha. Ou seja, a coisa prometia não ser assim tão boa...
Passados os 30 segundos iniciais, o que
começou a incomodar foi o CD de música gospel que tocava a todo volume. Nada contra a música gospel, particularmente, mas
qualquer tipo de música tocada a toda altura e repetidas vezes incomoda se não
for exatamente o tipo de música que gostamos. Poderia ser funk, axé, pagode ou
até fado que incomodaria do mesmo jeito. Alguém já almoçou ao som de fado? Para
mim é um fardo, mesmo tocado baixinho, mas para todo tipo de música sempre tem
quem goste.
Entrei então na sauna... Era sauna seca
e eu prefiro sauna a vapor, mas até aí tudo bem. Vez por outra imagino que o
inferno deva ser uma imensa sauna seca... Ficamos envoltos por um ar quente e
sem movimento, fechados em um local do qual não podemos sair e correndo sempre o
risco de nos queimarmos nas brasas que existem ao redor. Aquela música que
tocava fazia o cenário parecer bem real, pois parecia a cada instante querer me
fazer sentir culpado por todos os pecados que eu nem cometi.
E vez por outra o risco vem de onde nem
mesmo esperamos. Dentro da sauna os bancos de madeira, que compunham os 3
andares de arquibancada, não eram daqueles fixos, de preferência presos na
parede. Eram bancos independentes de aproximadamente 2 metros de comprimento
cada um e suportados por 4 pés de madeira.
Subi então no banco mais próximo à
porta pensando em chegar ao segundo andar da arquibancada. Ao pisar nele, o
banco balançou como se eu tivesse pisado em uma gelatina. O mundo não chegou a
rodar a meu redor, mas pareceu sair do seu eixo. E o pior é que se caísse dali
cairia em cima das brasas que aquecem a sauna.
Consegui descer e resolvi me sentar no
banco seguinte, que felizmente estava seguro. Na verdade, estendi a toalha e
deitei. Relaxei? Como relaxar se o som do CD atravessava as paredes de madeira da
sauna a toda altura?
Saí para tomar uma ducha e vi onde
estava o aparelho de som. Fui até lá sorrateiramente e abaixei um pouco o volume. Não
abaixei demais para a dona não perceber e na volta vi que os rastros de minhas
pegadas molhadas eram a prova de quem teria feito aquilo. Melhorou, mas não
resolveu...
Voltando para a sauna, que tal fazer a
barba? Quem tem barba deve, ou ao menos deveria, saber como é bom fazê-la em
uma sauna. Os poros da pele estão
dilatados e a barba é feita suavemente. Logicamente, levei meu aparelho de
barbear. Mas onde teria um espelho naquele lugar? Na saída foi que vi uma pia com
um espelho na recepção da sauna. Se tivesse descoberto antes devia ter ido até lá
todo molhado fazer minha barba?
Voltei a tentar relaxar deitado em minha
toalha, com a música a um volume ao menos suportável e uma preocupação então me
veio. A chave do armário não possuía nem mesmo um mísero elástico para que eu
pudesse prendê-la ao meu pulso. Tinha de segurá-la como um bem precioso, pois
além de poder sumir ao cair da minha mão, ela poderia ainda escorregar por entre
as ripas de madeira, que formavam o banco, e eu teria de buscá-la em um chão
onde baratas mortas eram vistas aos montes.
Que saudades do meu clube Trombeteiros
em São João Nepomuceno/MG, aquilo sim é uma sauna de nível...
Tenso pela música que não parava de martelar
meus neurônios, pelo medo de perder a chave e por não ter conseguido fazer a
barba, decidi que o melhor era eu ir embora. Nesse caso, o que me faria relaxar
seria sair dali o quanto antes e pedalar pela orla de volta para casa.
No caminho pude ver uma mostra da infinita
criatividade do povo brasileiro. Um sujeito vinha com 2 sacos com latas
vazias de cerveja e de refrigerante. No ponto de parada havia um ônibus pegando
passageiros. Ele então colocou os sacos em frente à roda do ônibus. Quando esse
andou, passou por cima dos sacos amassando as latas. Assim ficou mais fácil
para ele carregá-las.
De onde menos se espera vem uma solução
e de onde mais se espera pode vir uma decepção. Coisas da vida...
...
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