Sob as bênçãos de Deus...
Rodeado de amigos e familiares...
Cercado pelo ar...
Iluminado pela luz do sol...
Agraciado pelas águas da chuva...
Sob a proteção da terra, eterna casa protetora de nossos corpos...
O senhor Nelson partiu de nosso convívio...
Já sinto falta de nossas conversas agradáveis nas tardes de domingo, onde eu o ouvia falar com muita desenvoltura e profundo conhecimento sobre História, Política, Literatura, Esportes e conversávamos sobre o momento atual do Brasil, do Rio de Janeiro, de Petrópolis e o que mais houvesse para ser conversado.
Cumpriu com toda dedicação e maestria suas missões de marido, pai, filho, avô, amigo, tio, primo, irmão, sogro, cunhado, profissional de alto nível, cidadão de primeira grandeza, poeta, escritor e grande consumidor de cultura, principalmente dos livros, seus inseparáveis companheiros.
A saudade e o vazio ficam, mas o convívio nunca será esquecido...
Que Deus o tenha!
Neste link um pouco de sua obra... http://www.rauldeleoni.org/academicos_titulares/nelson_jose_de_souza.html
ELEGIA À GUIA DA REFLEXÃO
(NELSON JOSÉ DE SOUZA)
Não faz muito
Uma pedra, não tão grande,
Lá na serra, bem no meio de um rio,
Só queria ver o mundo
Pois bastava de ver mato, de ver sol e de ver noites.
Veio então uma chuva forte,
Mais forte que as outras,
Engrossando as águas do rio,
E as águas levaram lá para baixo
A pedra queria ver o mundo.
Assim que a chuva passou
E as águas se foram,
A pedra pode olhar ao redor
E ver o mundo que queria.
Viu e gostou.
Depois quis voltar,
Mas voltar como?
Veio então um moço e a apanhou.
Levou-a para longe, transformou-a em brita
E daí em concreto.
Foi ser pedra, a jusante, nos pilares de uma ponte
E sempre que chovia e as águas levantavam
Ela chorava, consciente que perdera
Sua vida pelas águas que levavam
Outras pedras lá para baixo.
...
Sentimentos à família e uma jornada de luz ao Sr. Nelson.
ResponderExcluirSinto Herb. Dá um abraço forte na Gisele. Abração pra você. Maurício.
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